quinta-feira, 14 de junho de 2012


1 – Dados de identificação da proposta

Professor-autor: Andrissa Kelling                                                      
Nome de sua Escola: Instituto de Educação Tiaraju

Endereço: Francisco Antônio de Vargas, 333

Telefone: 3233 1580


Cidade: São Sepé

Ano: 2012

Público destinatário: Funcionários do Instituto de Educação Tiaraju

2. Apresentação

Com esta proposta buscarei melhorar a qualidade de vida dos funcionários do Instituto de Educação Tiaraju, explicando sobre temas relacionados à saúde.

3. Justificativa

            Os funcionários das escolas sofrem muito com problemas físicos por causa dos movimentos repetitivos e problemas psicológicos que afetam a sociedade em geral.

4. Objetivo Geral

· Melhorar a qualidade de vida dos funcionários de escola;

5. Conteúdo

· Saiba como enfrentar a rotina sem estresse e aumentar a produtividade no trabalho;

· Lesões de Esforço Repetitivo (LER);



6. Textos

Saiba como enfrentar a rotina sem estresse e aumentar a produtividade no trabalho



O que é o trabalho para você? Longe de ser apenas uma forma de subsistência, eles dizem muito sobre sua personalidade. Não importa qual seu talento: médico, engenheiro, professor, publicitário ou psicólogo. Cada vez mais, o mundo corporativo valoriza pessoas que sabem o que querem, têm autonomia para agir e são peças-chave para o sucesso de qualquer negócio. Porém, para produzir bem, é necessário se sentir bem no ambiente de trabalho.

A qualidade de vida depende muito da satisfação que as pessoas têm em sua vida profissional. Muitas vezes, não se trata de um trabalho remunerado. O engajamento num projeto social, por exemplo, é tão válido quanto o empenho de um executivo de multinacional. Ser valorizado pelo que você faz é importante, mas hoje, muito mais do que dinheiro, as pessoas querem ser capazes de decidir seus rumos e de enfrentar seus problemas. E este conceito de qualidade de vida— que apresenta tantas variações, muitas vezes divergentes — têm muito a ver com felicidade e auto-realização, com independência e estado de satisfação ou, ainda, com as condições sociais e econômicas. Para continuar lendo o texto acesse http://diaadiadofuncionario.blogspot.com.br/2012/04/saiba-como-enfrentar-rotina-sem.html

Lesões de Esforço Repetitivo (LER)

L.E.R. representa uma síndrome de dor nos membros superiores (porém, não somente), com queixa de grande incapacidade funcional. É causada, principalmente pelo próprio uso dos membros superiores em tarefas que envolvem movimentos repetitivos ou posturas forçadas. Também é conhecido por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. Para continuar lendo este texto acesse http://diaadiadofuncionario.blogspot.com.br/2012/04/lesoes-de-esforco-repetitivo-ler-l.html .

Para complementar o assunto assista o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=kugS2DDka58&feature=results_video&playnext=1&list=PL243304FEAB5696C6

 


7. Referência

<http://g1.globo.com/bemestar/> Acesso em 31 de maio.





8. Referência complementar

PEREIRA, Ana Maria T. Benevides. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. 1 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.


SOUTO, Daphnis Ferreira. Saúde no Trabalho: uma revolução em andamento. 1 ed. Rio de Janeiro: Ed. SENAC Nacional, 2004.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

'Hormônio do prazer' afeta vontade de trabalhar nas pessoas, diz estudo

Liberação de dopamina em área cerebral pode causar déficit de atenção.
Informações ajudam na criação de tratamentos para doenças mentais.A vontade que uma pessoa tem de trabalhar duro para ganhar dinheiro é fortemente influenciada pela química existente no cérebro, afirma pesquisa realizada por cientistas e que será publicada nesta quarta-feira (2) no “Journal of Neuroscience”.

O estudo feito por uma equipe da Universidade Vanderbilt, do Tennessee, nos Estados Unidos, analisou imagens cerebrais e, a partir destes dados, descobriu características diferentes nos indivíduos humanos influenciadas pela quantidade de dopamina.
A dopamina é uma substância química do "sistema de recompensa", que serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (como a alimentação e reprodução), ou que desempenha um papel na motivação (recompensa secundária por meio do dinheiro). O neurotransmissor é também conhecido como "hormônio do prazer".
Segundo os estudiosos, pessoas dedicadas, dispostas a trabalhar duro em busca de recompensas, têm maior liberação de dopamina em áreas do cérebro responsáveis pela motivação -- caso do córtex pré-frontal ventromedial, cuja sigla é CVM e do estriado ventral.

Dopamina = preguiça
 Por outro lado, no cérebro dos “preguiçosos”, que estão menos dispostos a trabalhar duro por uma recompensa, foram encontrados altos níveis de dopamina na região que desempenha um papel na percepção da emoção e risco, a chamada ínsula anterior.
A pesquisa sugere que uma maior quantidade de dopamina na ínsula anterior está associada ao desejo reduzido de se trabalhar, mesmo quando isso significa ganhar menos dinheiro.
Tais informações podem contribuir, no futuro, para o tratamento de déficit de atenção e transtorno, depressão, esquizofrenia, além de outras doenças mentais ligadas à redução de motivação.

Notícia retirada do site: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/05/hormonio-do-prazer-afeta-vontade-de-trabalhar-nas-pessoas-diz-estudo.html





SAÚDE: dicas para melhorar seu dia de trabalho




O trabalho costuma ser o principal foco do estresse, mas existem algumas medidas que podem ser tomadas na tentativa de impedir que as oito horas diárias (ou mais) de labuta transformem-se no sacro-ofício.
Selecionamos nove dicas do livro 101 Maneiras de ter um Ótimo Dia de Trabalho para que você encare com simpatia o fato de ter um lugar de trabalho.
Nas palavras da autora Stephanie Goddar Davidson: "Técnicas simples e sugestões capazes de fazer você relaxar, esfriar a cabeça, resolver conflitos e tornar seu ambiente profissional mais agradável".

1. Respire
Tome consciência da sua respiração o dia inteiro. Quando perceber que se esqueceu disso, faça três respirações lentas, profundas, suaves e retome o trabalho.

2. Mude de ares
Gaste alguns minutos para ir a um andar diferente, a outro banheiro ou a um lugar a que você raramente vá. Se possível, passe algum tempo aí para se acalmar, respirar ou apenas ficar em silêncio.

3. Renove-se
O ser humano está sempre se renovando. Dorme para se recuperar; come para ter mais energia, perde células todos os dias para dar espaço às novas.
Siga o exemplo do seu corpo e renove seu trabalho hoje. Jogue fora o que é desnecessário, tente terminar o serviço de um modo inteiramente diferente. Pense em algo que você gostaria de participar e arrume um jeito de realizar isso.

4. Beba água
Beba pelo menos dois copos de água de manhã e de tarde, principalmente se você trabalha em um lugar com ar condicionado. Você vai perceber que terá menos vontade de comer doces, de fumar ou de roer unhas. E certamente terá muito mais energia.

5. Procure o equilíbrio
Compare essas prioridades com o que você faz atualmente. Em qual atividade você gasta mais tempo? E mais tempo? Corresponde ao que você considera prioritário?
Esse é o primeiro passo para encontrar o equilíbrio na vida. Você precisa optar. Veja como conciliar a situação real e a ideal.

6. Seja compreensivo
Da próxima vez que você ouvir um comentário ou uma crítica sobre sue trabalho, leve em conta estes pontos:
  • Não é fácil dizer a uma pessoa o que você achou do trabalho dela. Quem faz um comentário ou uma crítica está mais tenso do que quem ouve.
  • Se ninguém comentasse nada, não saberíamos em que mudar. As críticas são uma oportunidade de crescimento.
  • Lembre-se das críticas que já fizeram a seu respeito e reconheça que tiveram valor.
  • Tente perceber em que pontos você e a pessoa que fez o comentário ou a crítica concordam.
  • As pessoas não fazer críticas por maldade ou só para julgar. Fazem isso porque se importam com você. Se não se importassem, deixariam você continuar errando.

7. Respeite o fundamental
Não despreze suas necessidades básicas. Coma bem, beba muita água, faça exercícios, respire ar fresco, descanse, durma cedo.
Não deixe o trabalho determinar essas coisas. Garanta espaço para suas necessidades essenciais mesmo no cronograma mais apertado.

8. Reorganize-se
Você consegue reorganizar o seu espaço no escritório? Às vezes, apenas mudar as pastas de lugar, arrastar a mesa para o outro lado ou mudar a disposição dos quadros pode fazer uma grande diferença.
Que tal trazer quadros, objetos de arte, lembranças, óleos aromáticos e até música? Se nada disso for permitido, veja o que é possível fazer para dar sua cara ao local de trabalho, mesmo que precise deixar seus objetos pessoais escondidos numa gaveta.

9. Deixe as farpas de lado
Da próxima vez que você estiver irritado respondendo a um email ou outro tipo de correspondência, largue tudo e dê uma volta.
Jogue água fria no rosto, tome um suco, respire fundo algumas vezes. Depois, volte e releia o que você escreveu. Tire as farpas e as palavras duras. Só então envie a resposta.

Fonte: 101 Maneiras de ter um ótimo dia no trabalho, de Stephanie Goddar Davidson, editora Publifolha

Notícia


Assembléia Geral na 6ª feira (04/05/2012)
9h – Concentração em frente ao CPERS e caminhada até o Palácio Piratini.
14h – Assembleia Geral (Gigantinho)
Ginástica Laboral

Ginástica Laboral é a atividade física orientada, praticada durante o horário do expediente, visando benefícios pessoais no trabalho. Tem como objetivo minimizar os impactos negativos oriundos do sedentarismo na vida e na saúde do trabalhador.

A ginástica Laboral traz grandes benefícios para as empresas, motivo pelo qual essa atividade física é estimulada e implementada por diversas organizações.

Os impactos negativos do trabalho podem ocorrer em diversas esferas, tais como problemas físicos, psicológicos ou sociais. Mais diretamente, a prática de exercícios físicos gera benefícios físicos para o trabalhador.
Os benefícios psicológicos (estresse, poder de concentração) ou sociais (espírito de equipe, confiança) também são bastante citados em estudos diversos.

Benefícios para a empresa:

Diminuir os problemas de saúde no trabalhador é sinônimo de aumento de produtividade na empresa.

Essa afirmativa se verifica de diversas formas, mas os principais pontos notados são a diminuição na ocorrência de faltas ao trabalho por motivos médicos e também a diminuição dos acidentes de trabalho.

Portanto, se por um lado o fator de sofrimento humano é significativamente reduzido, por outro lado a empresa é beneficiada ao promover programas orientados de Ginástica Laboral.

Há estatísticas citando um retorno de 3 a 5 vezes sobre a verba aplicada por uma empresa em um programa de ginástica e hábitos de saúde, considerando faltas, encargos sociais e outros fatores relacionados à saúde, afetando a produtividade da empresa.

Benefícios físicos para o trabalhador:

Os benefícios dependem diretamente do tipo de trabalho realizado. A maioria dos exercícios tenta diminuir o efeito da solicitação constante a que é submetido um trabalhador ao executar determinada tarefa, seja ela uma tarefa física ou não.

Desse modo trabalhadores que utilizam de seus músculos para manejar instrumentos, ferramentas ou produtos podem ser beneficiados por um programa de atividades para trabalhadores braçais. Por exemplo, trabalhadores em uma linha de montagem de uma fábrica necessitam de exercícios específicos para os grupos musculares utilizados para que não ocorra lesão muscular por superutilização, similar, por exemplo, à lesão de um atleta ao final de uma competição extrema. Afinal, a jornada de trabalho pode durar até mais de 10 horas, às vezes...

Por outro lado, trabalhadores administrativos como digitadores, secretárias, atendentes, etc. são acometidos de problemas posturais, musculares ou visuais. Assim, um bom programa de atividades para trabalhadores administrativos ajudará a diminuir lesões por tais fatores.


Exemplos de atividades para trabalhadores braçais:
Os problemas vividos por este grupo de trabalhadores podem estar relacionados com a intensidade da força que exercem, ou ainda com a posição em que são obrigados a trabalhar. Em ambos os casos, um Professor de Educação Física pode avaliar as solicitações físicas e prescrever atividades para compensá-las. Por exemplo, trabalhadores que são obrigados a suportar o peso de uma peça com um braço enquanto apertam um parafuso com a outra mão devem executar atividades que aliviem periodicamente as tensões envolvidas sob o risco de aparecerem lesões musculares ou posturais.



Exemplos de atividades para trabalhadores administrativos:

Independentemente da atividade exercida, esses trabalhadores têm alguns fatores em comum: trabalham sem se movimentar (parados ou em pé) por muito tempo, muitas vezes submetidos a cobranças e estresse. Exemplos de problemas decorrentes de tal ambiente são: problemas de postura, tendinites, pressão alta, etc.

 
Algumas funções podem ter ainda outros agravantes, como digitadores ou programadores, que utilizam demasiadamente determinados músculos do braço e mão para trabalhar.

Em primeiro lugar, é recomendável parar por alguns minutos pelo menos a cada duas horas de trabalho e executar alguns alongamentos para grandes grupos musculares como ombros, tronco e pernas. Isso combate a má postura e evita formigamentos por problemas circulatórios.

Movimentos como elevação do ombro, sua projeção para frente e para trás ajudam. Para o pescoço, flexione-o para frente e para trás, também de um lado para o outro e por fim um grande movimento circular da cabeça (circundução).

Para o tronco, espreguice-se (flexão para trás), dobre-se (flexão para frente) e incline-se flexionando lateralmente. Faça os movimentos gentil e lentamente.

Em relação às pernas, utilize as escadas sempre que se locomover por alguns andares, promovendo uma melhor circulação. Além dos benefícios cardiovasculares, promovidos até mesmo em pequenas distâncias, você estará aumentando seu gasto calórico, importante fator na manutenção da saúde.

Para funções específicas há exercícios específicos. Se você trabalha ou passa muito tempo diante de um computador, por exemplo, deve realizar uma pausa periódica para olhar e focalizar objetos distantes, aliviando a visão. Também deve realizar exercícios de alongamento para as mãos e antebraços, evitando sobrecarga por digitação ou utilização do mouse:



Estenda o braço à frente, deixando a mão relaxadamente caída para baixo. Com a outra mão, puxe gentilmente os dedos para baixo na direção do seu quadril, com as costas da mão voltadas para a tela do computador, por 20 a 30 segundos, para alongar a musculatura posterior de seu antebraço.

Puxe a mão relaxada agora para cima, em direção à sua cabeça e com a palma da mão voltada para a tela do computador, para alongar a musculatura anterior da mão e antebraço. Repita, realizando os mesmos exercícios para o outro braço.

Pergunte a um Professor de Educação Física (um personal trainer, ou em sua academia, ou na escola de seu filho) sobre quais as atividades mais importantes que você pode realizar em seu ambiente de trabalho. Os profissionais estão sempre dispostos a ajudá-lo a ter uma vida mais saudável.

Escrito para o Saúde em Movimento por:
Sérgio H. F. de Carvalho

Instituto de Ciências da Saúde
Universidade Paulista - UNIP

Ficar desempregado é melhor do que sofrer no trabalho

Estudo feito com 7 155 pessoas revela: para quem tem um emprego ruim, a rua traz mais felicidade do que o escritório

por Fernando Badô e Bruno Garattoni
Sabe aquele seu vizinho que não trabalha, mas vive sorrindo? A explicação pode estar num estudo realizado por cientistas australianos, que acompanharam 7 155 homens e mulheres entre 20 e 55 anos de idade e concluíram: ficar desempregado, seja por vontade própria, seja por demissão, pode aumentar o nível de felicidade das pessoas.

Ao longo de 7 anos, os pesquisadores aplicaram questionários para medir o grau de felicidade dos voluntários, cujos empregos também foram analisados em 4 aspectos: nível de desafio, grau de autonomia, salário e perspectivas de carreira. O objetivo era determinar quais empregos eram bons ou ruins.

As pessoas que estavam trabalhando, em bons empregos, eram sempre as mais felizes - marcando em média 75,1 pontos na escala criada pelos cientistas. Em seguida vinham os desempregados e os trabalhadores com empregos ruins, ambos com 68,5 pontos. Empate. Então desemprego é a mesma coisa que emprego ruim, certo?

Errado: o desemprego é melhor. Ao longo do estudo, quem trocou o desemprego por um emprego ruim viu sua felicidade cair ainda mais, perdendo 6 pontos a cada ano. Já quem continuou sem fazer nada perdeu apenas 1 ponto.

Ou seja: ficar sem emprego é ruim, mas sofrer no trabalho é ainda pior. "O emprego ruim faz a pessoa perder saúde mental", diz Peter Butterworth, psiquiatra da Universidade Nacional da Austrália e coordenador da pesquisa.
 

Como se livrar do torcicolo?

Com calma. Mas ainda é melhor prevenir do que remediar

por Gleydson Alves
O pecado dói ao lado


Sobe e desce
Com os braços junto ao corpo, erga o queixo e depois desça ele até o peito. Repita este movimento 5 vezes, vagarosamente.

Estica e puxa
Estique o pescoço para frente, coloque a mão atrás da cabeça e puxe para baixo até sentir um leve desconforto. Segure esta posição por 5 segundos.

Mão na orelha
Passe o braço sobre a cabeça e puxe para o lado até sentir resistência. Inverta o lado. Repita este movimento 5 vezes, vagarosamente.

180°

Gire a cabeça pra esquerda, o máximo que conseguir. Depois gire para a direita. Repita os dois movimentos 5 vezes. Pronto - agora nenhum torcicolo vai te pegar.
 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Como o trabalho muda o seu corpo

O corpo do homem foi mudando ao longo da história para se adaptar ao meio. E isso continua até hoje: a profissão que você exerce define seus músculos, seus nervos e até seu cérebro. Mas nem sempre isso é bom

por Gisela Blanco e André Bernardo

Calma! Nosso corpo muda por causa do trabalho com o tempo. Ou seja, as alterações, boas e ruins, vêm depois de anos no mesmo ofício. E nem todo mundo está suscetível a elas. "A genética influencia. Algumas pessoas têm o corpo mais preparado para a função que exercem. Nesse caso, há menos alterações", diz o ortopedista Eduardo Puertas, da Unifesp. E nem toda mudança é irreversível. Com o tratamento adequado, é possível anular alguns danos.

DIGITADOR

1. Cérebro elétrico

Quem fica no computador o dia inteiro faz poucas atividades físicas (pelo menos durante o expediente) e muitas atividades racionais. Isso impulsiona a atividade das áreas do
cérebro
ligadas à manipulação e à associação de ideias: o lobo frontal e o lobo parietal. Na prática, os neurônios dessas áreas passam a conversar mais - ganham mais sinapses, pontos de conexão para enviar e receber sinais.


2. Tendões inchados

Usando o teclado e o mouse todos os dias, os braços têm de repetir sempre os mesmos movimentos. Para os tendões, feixes de fibras que une os músculos aos ossos, isso é péssimo. O efeito é o mesmo de puxar um elástico. De tanto ser esticado, ele pode ficar vermelho, inchado, doído. É uma inflamação - nos tendões, ela ganha o nome de tendinite. Para reduzir o risco, é só cuidar do tal elástico - promover intervalos de descanso (de 10 minutos a cada 50 trabalhados) e alongamento para que aceitem melhor o estica e puxa que o
trabalho
exige.


PROFESSOR
1. Cordas vocais com lombadas

Explicar, pedir atenção, dar bronca, tudo isso exige que o
professor use e abuse da voz. Resultado: as cordas vocais ficam literalmente calejadas - do mesmo jeito que um lavrador faz calos nas mãos por manejar muito a enxada. Esses calos ficam na borda das cordas. Se você pudesse olhar para elas, veria vários nodulozinhos, como se fosse uma estrada cheia de lombadas. É por isso que quem tem as cordas calejadas fica com a voz meio rouca, áspera, cansada - a vibração muda
e o som resultante dela, a voz, fica esquisito. Acontece não só com professores mas também com outros profissionais que dependem da fala: atendentes, locutores, palestrantes. A gente não consegue ver essa transformação (afinal, as cordas estão dentro da garganta), mas dá para perceber fácil quem passou pela mudança: tosse, rouquidão e voz fraca são as maiores.


2. Pezão

Em média, um
professor passa 8 horas em pé. É um teste de resistência: o sangue que circula na parte baixa do organismo tem dificuldade para desafiar a gravidade e correr corpo
acima - vai ficando lá pelas pernas e pelos pés mesmo. Para aguentar esse volume a mais de sangue, as veias aumentam. E vão ficando tortuosas. Dá para ver a deformação na pele: são as varizes. E, quando as veias dos pés já estão dilatadas e o sangue fica estagnado lá, até o pé cresce.


MÚSICA

1. Cérebro ambidestro

"Músicos experientes processam melodias do lado esquerdo do
cérebro, enquanto os não experientes usam o direito", afirma o neurologista Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo. Em geral, o lado esquerdo do
cérebroé o responsável pelo raciocínio e a lógica. O direito, pela criatividade e a imaginação. Mas nos músicos experientes o cérebro aprende a língua do trabalho: interpreta o código do som como se fosse um código, e para isso usa o lado esquerdo. É como se entendesse a música como uma língua.


2. Músculo enrugado

Dependendo do instrumento, o músico precisa se contorcer de um jeito ou de outro. Violinistas, por exemplo, torcem o queixo, movimentam os ombros e levantam um dos braços várias vezes durante a execução de uma obra. O pescoço pende para um lado (que varia se o músico é destro ou canhoto) e os músculos ficam enrugados. Isso provoca cansaço, queimação e formigamento.


DENTISTA

1. Ombro duro

Cavucar a boca dos pacientes sem apoiar os braços sobrecarrega os ombros. E deixa os músculos rígidos, doloridos. De tanto cansaço, eles vão ficando limitados - o dentista sente dificuldade para levantar os braços, por exemplo. Para melhorar isso, é preciso esticar os músculos, fazê-los recuperar a elasticidade perdida. Ou seja: alongar.


2. Nervos fininhos

Para deixar seus dentes bonitos, o dentista precisa usar instrumentos de altíssima rotação, que vibram como a tão temida broca, por exemplo. Com o tempo, o chacoalhar constante provoca a compressão do principal nervo do punho: o mediano. Esse nervo atravessa um túnel, conhecido como túnel de carpo, que liga a mão ao antebraço. Comprimido, ele vai afinando. Dá pra sentir o resultado disso: dormência, um formigamento, queimação. Não é só dentista que tem nervo fino - a mesma coisa acontece com trabalhadores que usam britadeiras.

Saúde

INCA divulga documento sobre câncer relacionado ao trabalho


São Paulo - O Instituto Nacional de Câncer divulgou a publicação "Diretrizes para a Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho". O documento quer facilitar a identificação das causas de determinados tipos de câncer por agentes específicos, além de levar a políticas públicas de revisão dos ambientes de trabalho insalubres.

O levantamento lista pelo menos 19 tipos de tumores - entre eles os de pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga, mama e leucemias - que estão relacionados à ocupação e ao ambiente de trabalho. Também mostra que trabalhadores de algumas profissões, como as de cabeleireiro, piloto de avião, comissário de bordo, farmacêutico, químico e enfermeiros são muito mais propensos ao desenvolvimento desses tumores.

Conforme a página do Inca na internet, o lançamento contou com a presença do diretor do Departamento de Vigilância da Saúde Ambiental e da Saúde do Trabalhador da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Neto e do diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.

Santini salientou que o “documento é absolutamente estratégico para que se conheça as informações e se aborde a vigilância do câncer de maneira adequada”. Ele sugeriu que o material seja apresentado formalmente ao ministro da Saúde, aos secretários do Ministério e a instâncias como Conselho Nacional de Saúde, Conselho de Secretários Municipais e Estaduais de Saúde. “Esses atores podem pautar a agenda e estabelecer prioridades.”
AE

Dor nas costas

Insatisfação no trabalho pode desencadear dores nas costas permanentes


Qualidade do ambiente profissional é capaz de determinar se dores ocasionais se tornarão frequentes. Pesquisadores recomendam atitude positiva


Dor nas costas: condição casual pode se tornar permanente se ambiente de trabalho for insatisfatório                                     
Os médicos ortopedistas e reumatologistas precisam prestar mais atenção ao grau de satisfação no trabalho de seus pacientes, segundo um estudo da Universidade da Austrália Ocidental. A pesquisa afirma que pessoas que se conformam em trabalhar em empregos insatisfatórios têm mais chances de sofrer de dores persistentes nas costas. Pessoas com uma atitude positiva, que buscam mudanças na carreira ou no local de trabalho sofrem menos com o problema. De acordo com o trabalho, que será apresentado nesta sexta-feira no encontro da Sociedade Australiana de Coluna, em Sydney, um terço dessas pessoas que já apresentam dores terão dores persistentes no futuro.

"Todo mundo tem dores nas costas ocasionais, mas nós estamos preocupados com essas pessoas quem têm dores não específicas que duram semanas e têm sérias consequências”, diz Markus Melloh, um dos autores do estudo. "É um círculo vicioso que precisa ser quebrado." Quando a dor aumenta e se torna persistente, o trabalho se torna ainda mais penoso.

Participaram da pesquisa 169 pessoas que haviam apresentado pela primeira vez um episódio de dor lombar não específica. Elas foram acompanhadas e avaliadas ao longo de seis meses. Segundo a equipe, o trabalho teve foco nesse tipo de dor, pois ela foi mais comumente relatada do que dores no pescoço, por exemplo. De todos os participantes, 64 foram classificados como portadores de dores nas costas permanentes.

Sentimentos negativos — Os pesquisadores observaram que os pacientes que estavam insatisfeitos com o trabalho e relatavam ter sentimentos negativos no ambiente profissional foram os mais propensos a desenvolver uma condição persistente de dor nas costas. De acordo com a equipe, a qualidade do local de trabalho e pensamentos positivos mostraram exercer grande impacto em relação ao problema. Esses resultados, para os autores do estudo, revelam que as terapias para pacientes com dores na lombar devem abordar também aspectos psicológicos e a condição da vida do indivíduo, como a de seu ambiente profissional, por exemplo.